by Pim on Sat 10 Feb, 2007 1:47 pm
Amélia, gostei imenso de ler o que escreveu não só sobre a sua oportunidade de trabalho, como Socióloga ( infelizmente este país ao contrário de muitos outros não dá prioridades dentro das Empresas em que não são só os Gestores os Economistas os Advogados, mas como num recente documentário que ouvi pelo Canal 2, são os Sociólogos, os Antropólogos os Historiadores, esta diversidade da multicultaridade, que faz com que as empresas avancem com novos métodos e novas tecnologias.
Tenho imensa pena de todos os que não tem uma oportunidade, e em meu entender a Amélia, aceite o que lhe derem neste momento, claro que dependente da importância da Empresa no mercado do trabalho tendo em mente que Portugal, ou que a globalização, é ter-se Portugal em qualquer outra parte do mundo. Não ponha parâmetros, neste aspecto, pois o que me parace no momento, em que o povo Português está a atravessar, com os nossos problemas de sempre, insoluvéis, não importa que gritem o que gritem, o facto é que temos amanhã uma votação da coisa mais idiota do mundo, sobre o referendo ao aborto.
Não só é obrigação de todos os Portugueses votarem, como o facto de lutarem pelos direitos humanos de ser-se... e uma mulher não é exactamente este computador em que estou a escrever, é muito mais do que isso, e o facto de podermos dar vida, penso para mim... que qualidade de vida tem os Portugueses a oferecer, num mundo sem garantias do amanhã, e portanto as Leis, não pertencem ao povo, mas sim ao Estado. Mas como o que penso, nem num blog eu alcancaria os meus objectivos, como boa Portuguesa que sou, renuncio o gasto inútil de mim perante uma sociedade, que nada deseja, que só tem palavras, como acontece aqui, em que debates como este, seriam de maior interesse no próprio forum de Andrea, pois é um facto que afecta todos os países, como a pena de morte.
Pergunto-me com toda a honestidade de mim, para mim, porquê o votar?
Para quê... de que falam os presumíveis cidadãos deste país que tanta conversa tem, mas que pouca substância daí deriva. Se eu não consigo na minha área de residência, mostrar as radiografias e análises que o meu médico de família me mandou fazer... então cada vez estamos pior. Agora, abordo eu, como se ir a um Planeamento Familiar, se esse próprio planeamento familiar... leva tanto tempo, que qualquer mulher que deseje ajuda, só encontra pela frente, negativismo, e para não ir mais longe, uma própria sociedade que não funciona a qualquer nível social.
Penso, que nós as mulheres do mundo, que temos a nosso cargo, o factor familiar, o factor empresarial, o factor do amanhã de Portugal, temos que ter a coragem de dizer ... Sim e não ao Aborto. Porquê? Porque eu não estou a pensar em mim, eu penso nas crianças que vem a este mundo, abandonadas, mal tratadas, não desejadas, marginadas, que futuro as mães tem para lhes dar, já que o Pai é um sujeito nulo, no campo familiar, como sabe. Se o Pai, por norma social deveria ser as raízes dos vindouros, a luta por a protecção do seu habitat, isto não existe desde o momento, em que tanto é deixado à mulher de hoje, que se observarmos bem, não só dentro do campo da ciência biológica como psicológica a mulher tem um papel em todas as sociedades actuais, de maior relevo, que o homem.
Deixar ao mundo, deixar em aberto os direitos humanos e sociais do amanhã, em minha opinião que sou contra o aborto e a favor do aborto ao mesmo tempo, penso, que verdadeiramente o papel da mulher na sociedade actual, deve ser de maior relevância, como por exemplo as nossas mulheres de espanha, em que são elas que determinam os parâmetros e não o homem. Penso que chegou a altura de dizer basta, mas basta em tudo, pois não vejo qualquer evolução social e humana na sociedade Portuguesa, desde que nasci. O que vejo, é uma liberdade, que no fundo não é mais que uma solidão ditada pela própria sociedade. E se eu continuar por aqui, então é que nunca mais acabo.
Eu quero que a Maria Amélia, me vá para esse emprego, que o agarre e que procure, dizer a si própria, que nada mudamos no mundo actual, mas sim, temos que saber ser indiferentes a esse próprio mundo ( a sua resposta ), dado o facto de que esse mesmo mundo, não deseja de nós nada, nem o nome, nem o local, nem o tempo, nem o profissionalismo.
Cantemos Glória... mas no final, a glória que cantamos é a nós e não aos que nos ignoram. A minha experiência de vida, é muito vasta, e sei bem o que digo, claro que a Amélia não tem que concordar comigo.
A minha revolta, é uma revolta pela incapacidade de ver melhorar quem necessita, e o estado não faz qualquer esforço em beneficio disso, e por que deveria fazer? Estamos em períodos difíceis... e muito lhe poderia dizer sobre esses mesmos periódos, uma vez que o sigilio profissional não tem cabimento hoje, dado o que sucede em empresa atrás de empresa.
Sobre Andrea Bocelli, penso e lamento, como muitas vezes disse aos agentes de Andrea Bocelli, que a projecção de mercado, no contexto do mercado actual... o Marketing não se faz assim, e Andrea por outro lado também ignora muitos países... o que dificulta a questão.
Quando ao seu livro o primeiro, uma vez que terei que importar o segundo, a continuação da vida de uma criança, que teve que aprender só, na mais completa solidão, como e enquanto criança, a saber enfrentar o seu próprio amanhã.
Andrea Bocelli fascinou os Portugueses, que não foram omissos, e qualquer dos discos dele, como tenho quase tudo, tanto em CD como em VHS, penso que Andrea teria.... tanto eu teria e gostaria de lhe dizer há tantos anos, mas o facto, também... é que nós os Portugueses precisamos de saber dar valor a nós mesmos, uma coisa que não fazemos.
Temos o País que temos, Andrea tem o mercado em Portugal que deseja, e outros horizontes outros limites.. poderiam ter sido diferentes, se sómente a inteligência, a abordagem correcta tivesse havido desde a última vez que Andrea esteve em Portugal.
Hoje, temos numa Fnac... um bando de estudantes da escola de música, no atendimento ao público, mas que de Marketing nada percebem, e que as várias companhias de venda de discos, que mandam os representantes a Portugal, não sabem dar o realce a Andrea Bocelli.
Claro que o mercado está muito habituado a querer vender... mas, que ao menos haja a dignidade de saber vender... Andrea não é mais um, é um dos Solistas de todo o mundo, que mais vendeu em música Classica, cujo disco é Arias Sagradas. Nenhum outro o fez... seja quem seja, digam o que desejem, mas o facto é que quando eu vejo um concerto de Andrea, ao vivo, ou pela telivão, a Amélia pode ter a certeza de que de facto o faço com todos os meus sentidos... e Andrea tem todas as possibilidades de ser um grande, dentro dos grandes, mas, por vezes necessita em Opéra de um bom Director de encenação. No entanto, Andrea nada diz, nada comenta, nada sabemos do seu eu, do seu íntimo, com a excepção de que eu sei... o que ele pensa, pois pensamos da mesma forma, como lhe disse... Uma vez escrevi um poema, que é mais verdade ... a Andrea, mesmo antes de saber do seu divórcio, da tragédia humana que é chegar-se a casa e ter-se um processo de divórcio a correr, por várias razões.. e escrevi Pride and Defeat. Nem o nosso orgulho aceita a nossa derrota, nem a nossa derrota pode aceitar o nosso orgulho. Andrea é um homem de valores, e esses valores fundamentais, são dele mesmo... por isso, Andrea tem muito que se diga, digam o que quizerem... o facto, é que o Orgulho de Andrea, não aceitou bem a sua derrota pessoal, como a sua derrota pessoal, jamais aceitaria o seu orgulho.
I believe in a better world... in integrity and verticallity... I believe, that Andrea Bocelli music, will make a better world for many.... that only need a smile at the end of the day.